De acordo com dados da Secretaria de Saúde de São Paulo, os casos de ansiedade e síndrome do pânico aumentaram significativamente entre 2019 e 2022, triplicando o número de atendimentos, que passou de 29 mil para 90 mil nesse período. Esses dados também indicaram uma maior prevalência dessas condições entre as mulheres.
É fundamental que pacientes com condições como essas busquem apoio multiprofissional para enfrentar os desafios da saúde mental. Nesse contexto, o Setembro Amarelo se destaca como uma campanha crucial para a prevenção do suicídio. Por isso, a Pixua decidiu dedicar este mês a essa temática.
O que é a síndrome do pânico?
É uma condição de saúde mental que provoca crises intensas de ansiedade ou pânico, manifestadas por sintomas graves. Muitas vezes, ela está associada a outras comorbidades que também comprometem a saúde mental, como depressão, transtorno bipolar, dependência de substâncias como drogas e álcool, e o uso abusivo de medicamentos, como anfetaminas.
Atualmente, o tratamento convencional inclui a terapia de exposição com prevenção de resposta, que pode ser utilizado com inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Embora a terapia de exposição seja geralmente eficaz, muitos pacientes não alcançam uma remissão completa.
Nesse cenário, o canabidiol se destaca como uma opção segura e com baixo potencial de toxicidade para esses pacientes, devido às suas propriedades ansiolíticas. Além disso, os efeitos adversos são leves e pouco relatados.
Tratamento com o canabidiol
Na revisão intitulada ‘ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DO USO DO CANABIDIOL EM DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS E NEUROLÓGICAS’, que explora os efeitos do CBD sobre ansiedade, pânico e depressão, foi observada uma redução na expressão de comportamentos defensivos associados à ansiedade (como esquiva inibitória) e ao medo (como congelamento) em diversos testes experimentais.
No trabalho ‘Uso terapêutico dos canabinoides em psiquiatria’, os pesquisadores demonstraram que os canabinoides são uma excelente opção terapêutica para esses pacientes, pois não apresentam efeitos psicoativos ou prejudiciais à cognição, além de serem seguros, bem tolerados e respaldados por ensaios clínicos positivos.
Além disso, o estudo também demonstrou resultados promissores do CBD como antipsicótico e ansiolítico, mostrando eficácia no controle dos ataques de pânico. Complementando essas descobertas, a pesquisa 'Canabidiol, um componente da Cannabis sativa, como ansiolítico' reforça a importância dos canabinoides para pacientes com diferentes transtornos de ansiedade, especialmente aqueles que sofrem de transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade social e transtorno de estresse pós-traumático.
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